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Imprensa Internacional participa da XII Exproaf


Correspondente da BBC de Londres, emissora estatal do Reino Unido, o jornalista Paulo Cabral esteve de passagem pelo Cariri para conhecer as experiências realizadas na região em relação as alternativas de convivência com o semiárido durante a 12ª edição da Exposição de Produtos da Agricultura Familiar.


Recepcionado pela Associação Cristã de Base, o repórter teve oportunidade de ouvir o relato dos agricultores sobre as dificuldades enfrentadas no período de estiagem no Nordeste , acompanhar lutas como a de Maria Agostino, que perdeu cerca de 80% da produção por causa da seca, mas que graças a assistência técnica da ACB, pode colher os frutos de seu trabalho.


“Antes a gente carregava água de muito longe, desde criança eu era acostumada a fazer isso, tinha que ir pra roça e estudar, sempre tivemos esta dificuldade no campo, mas hoje conseguimos melhorar um pouco esta situação com as cisternas de placa, foi a partir daí que tivemos água pra beber e cozinhar” contou a agricultora ao correspondente.


Desde 2005 juntamente com a Articulação do Semiárido a ACB vem proporcionando a ampliação do uso das cisternas de placa na zona rural de 25 municípios do Cariri através do programa Um Milhão de Cisternas P1MC e de lá pra cá vem alcançando bons resultados. No assentamento 10 de abril, 12 unidades com capacidade para 52 mil litros já foram implantadas para beneficiar a comunidade.“Outra vantagem é que estas cisternas também oferecem renda para nós, muitos pais de família trabalham na construção delas e ganham um dinheirinho a mais para o nosso sustento” completa Maria.


Em entrevista a BBC o coordenador geral da Associação Cristã de Base, reafirmou a preocupação em garantir o espaço para a agricultura familiar dentro da Exproaf e falou sobre os desafios na promoção da convivência com o semiárido. “ Acredito que na medida em que conseguimos diversificar a produção, o cultivo, a criação de animais, captar e armazenar corretamente a água da chuva, estamos desenvolvendo condições necessárias para isso seja possível”.


Indagado sobre os erros em relação as alternativas que não deram certo para solucionar os problemas da seca em medidas anteriores, afirmou “No passado não havia assistência técnica especializada para a o homem do campo, faltava instrução correta para oferecer a capacidade de conviver com a diversidade no semiárido. Não percebiam que a resposta estava no próprio meio ambiente então o que fizemos foi aprender e ensinar a lidar com esta variedade do clima, criar os animais mais adaptados, aproveitar as espécies da caatinga” completou.

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