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ONDE TEM ÁGUA, TEM TUDO!

Acompanhe a história de Seu Chicão, agricultor familiar, do municipio de Abaiara, e veja como ele e sua família, alcançaram a soberania alimentar e hídrica por meio das tecnologias sociais executadas pela ACB.

Quando decidiu aderir ao Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), o agricultor familiar Francisco Tavares Dantas, só pensava em uma maneira de aumentar a renda da família. Não saía de sua cabeça a necessidade de driblar a falta de água, os poucos recursos para, de uma vez por todas, tornar sua terra produzida como sempre imaginara.

Morador do sítio Taboca, município de Abaiara, herdou seus 03 hectares do pai que se mudou para a localidade há 47 anos. Dos nove irmãos, apenas a irmã mais velha e seu Francisco, ou melhor, Seu Chicão, vivem da agricultura familiar.


Casado há 23 anos com D. Maria Maísa e pai de quatro filhos, em suas terras, Seu Chicão planta arroz, milho e feijão, além de se dedicar à criação de quatro vacas. Dedicação que nem sempre se converte em lucro.


Por mês, com a venda do leite, seu rendimento não passava de 78 reais, além do gasto extraordinário com a água. “Eu encho uns bebedouros que dá uns 200 litros de água. Depois de três dias já não tem mais nada. Ano passado, por causa da seca, tive que vender uma vaca e um bezerro pra conseguir manter as outras”, esclarece.



E foi quando, em maio, surgiu a oportunidade que Seu Chicão tanto esperava. Os técnicos da Associação Cristã de Base - ACB, chegaram à Abaiara para executar o Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, e ele não perdeu tempo. Ao participar da capacitação em Gestão de Água para a Produção de Alimentos – GAPA, Seu Chicão viu nascer em sua frente as soluções para tornar sua terra fértil e produtiva.




A partir das informações e incentivos aprendidos iniciou uma horta diversificada, utilizando plantio consorciado e, nem bem começou, já colhe os resultados. Por onde se olha, há zelo e trabalho duro. Assim, os plantios de couve, cebola, alface, cenoura, batata, coentro, berinjela, quiabo, macaxeira, crescem fartos. Afora as hortaliças e leguminosas, Seu Chicão ainda planta maracujá, caju, melancia, banana, coco.


Agora, com a venda das verduras e legumes, os 78 reais foram multiplicados para 250 reais por mês a mais em sua renda. “De primeiro, quem é que tinha renda? A gente tem que esperar seis meses para tirar o dinheiro do milho, do feijão. No final, não fica mais do que 300 reais de lucro”, conta.




E não para por aí. Capacitado como agricultor-cisterneiro, Seu Chicão agora constrói cisternas por todo o município de Abaiara. “Com as cisternas e e os outros benefícios eu descobri que posso melhorar a minha renda de várias maneiras. Tiro um dinheirinho construindo cisterna aqui na minha comunidade e ajudando outras pessoas a terem seu plantio e ainda lucro com minha horta que está só no início”, fala orgulhoso.



Companheira para o que der e vier, D. Maísa trabalha como merendeira na escola do município e, nas horas vagas, faz artesanato para vender. São lindos trabalhos de pintura em tecido, arte que ela faz questão de repassar para a filha Iara. “Agora que a gente tem essa barraginha, tudo vai melhorar. A gente planeja aumentar mais a horta, plantar mais coisas. Pra gente, o que faltava era água e onde tem água tem tudo!”, encerra D. Maísa.


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