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Primeiro festival de produção e culturas nativas é realizado no Cariri

Dar mais visibilidade aos produtos nativos da Chapada do Araripe, fortalecer as organizações comunitárias e preservar a biodiversidade da nossa fauna e flora, são alguns dos objetivos do I Festival de Nativas, realizado no último final de semana. O sítio Baixa do Maracujá, no distrito de Santa Fé, em Crato, Ceará, recebeu o evento, nos dias 27, 28 de Fevereiro e 1 de Março, que contou, também, com o apoio da Associação Cristã de Base (ACB).

Algumas peças de artesanato produzidos no Cariri foram apresentadas

Em seu primeiro ano, o festival foi promovido através da iniciativa da Associação de Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar (ATRAF), do sítio Baixa do Maracujá. O evento, aberto ao público, reuniu órgãos públicos, associações, sindicatos, moradores locais e visitantes. Nos três dias de programação houveram rodas de conversa, oficinas, seminários, apresentações culturais de dança e música, além de uma mostra de comidas típicas e artesanato.

Paulo Mayer conversa com os participantes do "Nativas"

Além de pensar o consumo, o Festival das Nativas estimula a comercialização de produtos locais para alimentação e também, em experiências com plantas medicinais. A presidenta da ATRAF, do Sítio Baixa do Maracujá, acredita, também, que o evento foi importante para as expressões culturais e pensar, através dos saberes, maneiras de preservação do meio ambiente. “Através das oficinas, seminários, debates e partilha de saberes dos participantes, visitantes, ministrantes e realizadores nos Nativas, serão multiplicadores destas experiências”, pontuou.

Uma das atrações foi a apresentação de dança do grupo de mulheres locais

A abertura do festival contou com uma missa celebrada no Terreiro dos Feirantes Margarida da Hora. Em seguida, agricultores e agricultoras dividiram depoimentos com experiências de suas produções agroecológicas, pontuando a importância dos apoios de entidades e dos programas de governo. Enquanto outro espaço de destaque contou com a palestra de Paulo Mayer, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que exaltou a troca de experiências entre as comunidades e apresentou alguns índices que preocupam a APA (Área de Proteção Ambiental), graças ao aumento no número de venda de terras, na Chapada do Araripe.

O Festival

O Festival das Nativas surgiu em substituição do “Festival da Mandioca”, que funcionou durante setes anos, até 2010. Com o declínio do cultivo de mandioca na região, além de assumir uma maior diversidade de produtos, as organizações comunitárias, secretarias municipais de Meio Ambiente, o Geopark, os sindicatos dos trabalhadores rurais, a EMATERCE, o SEBRAE e a URCA, decidiram criar um novo evento, na região do Cariri.

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