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Última etapa das Oficinas de Educação Contextualizada

Na manhã do dia 26 de junho foi realizada a última etapa da Oficina de Educação Contextualizada do Projeto Cisternas nas Escolas e do Projeto Cisternas Paulo Freire. São 37 escolas que recebem até o final do mês de julho uma cisterna de 52 mil litros, 31 da ASA e 06 do Paulo Freire.


Da estrada se percebe um cantinho bem verdinho no meio da caatinga, da porteira Zé Artur nos recepciona com alegria e satisfação. A casa de Zé Artur fica no sítio Patos na cidade de Nova Olinda – CE. “Meu pedacinho de chão”, é com esse carinho que ele nos convida para conhecer sua casa.


A visita de intercâmbio foi uma das ações escolhidas para finalizar os módulos das oficinas de educação contextualizada. Este teve como objetivo apresentar outras alternativas de convivência com o semiárido.


Para iniciar a visita debaixo de algumas árvores o grupo é conduzido a formar uma roda para dar início a prosa. As boas-vindas são dadas pela monitora pedagógica Nelzilane Oliveira do Projeto Cisternas nas Escolas. Em seguida a fala foi passada para Zé Artur, que com simplicidade e riqueza nos presenteia com um relato de luta e resistência.


“Daqui sem queimar e sem usar agrotóxicos tiro o que a mãe terra pode nos dar, não é tarefa fácil tem que tá na lida todo o dia”, sua fala contextualiza a convencia com o semiárido através de suas experiências de vida. Em poucos minutos a turma pode ouvir sobre temas importantíssimos sobre a convivência com o semiárido.


A centralidade de sua fala é em torno dos Sistemas Agroflorestais (SAF’S), mas em meio à tantas vivências ele relata sobre sua experiência com o as associações comunitárias, do trabalho em grupo que renderam bons frutos. “Na comunidade consegui me envolver nas coisas da associação, o pessoal da ACB veio aqui quando eu nem conhecia direito o do trabalho deles. Eles ajudaram no processo de criação da associação, foi uma coisa muito importante na nossa comunidade”, afirma ele.


Em seguida o grupo foi convidado a conhecer seu ambiente de trabalho, segundo ele “são apenas dois hectares, não é muito grande, mas é daqui que tiro meu sustento e todo dia tiro um pouco para me alimentar”, ressalta seu Zé Artur. Em seguida antes da caminhada um café da manhã preparado com muito carinho é servido por Dona Bastinha, esposa de Zé Artur, que acolhe a turma com muito zêlo e atenção.


O professor Manoel de Sousa, da Escola Joaquim Rufino de Oliveira | Altaneira participou da visita e considerou ser uma experiência importante nos dias de hoje. “É importante saber que têm gente que ainda se preocupa com o meio ambiente e com a forma de produzir, como é feito na propriedade de seu Zé Artur”, afirma Manoel.


“Para se cultivar hoje tem que ser igual ao seu Zé Artur, tem que ter o coração bom porquê pra cuidar da natureza pra ter aquele amor pela terra tem que primeiro ter um coração maravilhoso. E foi isso que eu senti muito amor pela muito amor. Amor pelo ser humano, desde o inseto a tudo que faz parte da natureza”, diz Dinha professora da Escola Modelo de Araripe.


No período da tarde a turma pode conhecer a Fundação Casa Grande, local onde foi utilizado o auditório para a finalização do dia. Contamos com a participação de dois convidados do Instituto Vida Melhor, Celso Furtado e Suely Saturdino que trabalham com a temática Educação Contextualizada no Projeto Paulo Freire. O espaço de socialização foi parte da programação desta última etapa, agregou os dois projetos de Cisternas nas Escolas executados pela ACB, contamos com a participação do Engenheiro Agrônomo e Coordenador do Projeto Cisternas Paulo Freire Franciêr Simião.


Encerrando as atividades no período da tarde professores e professoras foram convidados/as para apresentarem suas "tarefas de casa", durante o II Módulo das Oficinas de Educação Contextualizada foi proposto uma atividade sobre a temática água e educação contextualizada para ser elaborada e executada nas escolas.


Este momento rendeu bons frutos, durante a apresentação bem descontraída foram apresentadas excelentes planos de aula executados e que ainda serão trabalhados. "São momentos como esses que renovam nossa criatividade, bom seria se tivéssemos a oportunidade desses encontros por mais vezes ao ano" afirma o professor Antonio Airton da Escola Ricarte Pedro do Carmo | Tarrafas.


 

A educação do campo e para o campo é tarefa árdua para os que sonham em trazê-la para a realidade. Realidade que assusta em números, cerca de 07 escolas do campo fechadas no Brasil, nos últimos 15 anos fecharam mais de 40 mil unidades escolares. Essa conta assusta, mas traz com ela a resistência de comunidades e profissionais que trabalham em escolas que lutam para não fecha-las.


Para Manoel de Sousa as dificuldades são inúmeras é preciso interação para mudar o cenário, "a gente mora numa localidade onde os recursos hídricos são escassos e o projeto só vêm a contribuir com o funcionamento da escola. Sem falar que a gente pode fazer um sistema de integração com o s professores, alunos, envolvendo as famílias e trazendo as elas pra dentro da escola e isso é muito importante. Fazendo a junção tanto com a comunidade escolar e o social” reforça Manoel.


“Os facilitadores têm um grande conhecimento dos assuntos debatidos nas capacitações, espero que a gente saiba utilizar bem esse conhecimento e possamos repassar não apenas para os alunos com também para a comunidade. Conscientizando sobre a questão do meio ambiente e os cuidados com a água, estamos levando materiais didáticos para serem utilizados em nossas aulas” professor Egberto de Alcântara da escola José Eutides Vila Nova | Tarrafas – CE.


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