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Grande festa da colheita nordestina

Por Nelzilane Oliveira - Diretora de Comunicação ACB


Do dia 15 ao 19 de junho foi realizada, no Centro de Eventos em Natal, no estado do Rio Grande do Norte, a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidaria. Contando com uma rica programação e participação de todos os estados nordestinos com suas delegações que fizeram do evento a Grande Festa da Colheita. O estado do Ceará esteve presente com sua delegação pra lá de animada que foi organizada e levada pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário do estado do Ceará, parte desta delação foi mobilizada pelo Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido.


A feira foi uma resposta para a sociedade brasileira em relação a produção de alimentos, o quão importante é a agricultura familiar e a organização das comunidades rurais na formação de associações e cooperativas. Na programação do evento além da feira tiveram painéis e atividades autogestionadas que possibilitaram uma grande troca de saberes neste espaço. E como o povo nordestino é conhecido por suas festividades juninas não poderiam faltar as noites culturais com atrações locais e nordestinas.


Após mais de dois anos de pandemia o povo camponês não parou um dia, na feira podemos ver o avanço no beneficiamento e processamento de alimentos advindos da agricultura familiar, uma diversidade de grãos e artesanato foram a ornamentação que chamou atenção nos estandes dos estados. O evento trouxe um outro ponto importantíssimo que foi a participação das mulheres, juventudes e povos tradicionais.

Em meio as dificuldades dos últimos anos a economia solidária continuam crescendo significativamente, diversificando a produção e emergindo através das alternativas de qualidade de vida e que o consumo é possível com a solidariedade entre as pessoas.


Na programação da feira durante o painel Reforma Agrária: uma agenda necessária para o resgate de um projeto de Soberania Alimentar Nacional, um dos participantes da mesa foi o membro da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim. Em sua fala ele pontua a necessidade não apenas de discutir a reforma agrária, mas de torná-lo um assunto presente e não do passado “A reforma agrária não é coisa do passado, é coisa do presente, é necessária para o futuro", afirmou.


Ainda em sua fala Jaime reforçou a crise alimentar no planeta e que esta só não se agravou no Brasil por causa da agricultura familiar responsável por levar à mesa da população 72% dos alimentos produzidos no país.

Embora a feira tenha trazido uma diversidade de produtos nos encontramos em um momento debilitado pelos cortes nas políticas públicas, nos elevados índices de desertificação que assolam o país, a fome que grita aos quatro cantos do país.


Foram dias intensos de muita fartura e trabalho para as delegações, organização do evento e participantes em geral. A Diretora de Comunicação da ACB, Nelzilane Oliveira, participou do evento e colaborou na cobertura fotográfica para a rede ASA – Articulação do Semiárido Brasileiro. “A comunicação popular esteve presente no evento para fazer a cobertura do evento não apenas de registro de imagens e relatos, foi momento de afirmar a importância da democratização da mídia e de mostrar as possibilidades de convivência no semiárido na ponta lá no último processo que é a comercialização de produtos da agricultura familiar”, diz ela.


Ainda durante o evento foram entregues duas cartas políticas para a governadora do estado do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, do Partido dos Trabalhadores (PT). A primeira foi entregue por membros da coordenação Executiva da ASA com título "Carta da ASA Por um Semiárido Vivo" que reúne propostas de politicas públicas de convivência com o Semiárido. A segunda entregue por representantes da Agencia Nacional de Agroecologia (ANA) que apresenta as principais diretrizes de promoção da agroecologia para as próximas gestões dos poderes Executivo e Legislativo estadual e federal.


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