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Reunião do Projeto Cisternas Paulo Freire

Realizada na segunda-feira (11/12) a reunião do Projeto Cisternas Paulo Freire. Com a participação da UGP (Unidade de Gerenciamento do Projeto), FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), instituições que executam o projeto no Estado ACB (Associação Cristã de Base), CETRA (Centro de Estudos e Assessoria ao Trabalhador), FETRAECE (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará) e CEALTRU (Centro de Estudos e Assistência às Lutas do/a Trabalhador/a Rural).

Foto: Técnico da SDA.


A reunião teve caráter de nivelamento entre os participantes, este afim de apresentar a trajetória do Programa Cisternas realizado pela Secretária do Desenvolvimento Agrário (SDA) em Parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) por meio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN).


Os dados apresentados por Iana Xênia, ela trabalhou na parte administrativa do programa, estes que foram executados desde 2008 com as cisternas de água para o consumo humano aos de cisternas de para a produção de alimentos no ano de 2010. As tecnologias sociais foram implantadas por instituições que através de convênios foram construídas 127.723 em todo estado, as de aguá para produção com os Quintais Produtivos foram 14.873, entre cisternas de enxurrada e barragens subterrâneas.


Em seguida Andre Bonança apresentou como seria executado o Projeto Cisternas Paulo Freire. O projeto teve como espelho o Programa de Cisternas, em sua execução que se assemelha nas etapas de execução.

No entanto traz consigo um elemento que até então é uma novidade na execução dos programas de cisternas no semiárido brasileiro que são as ETAs (Estação de Tratamento Móvel) “o projeto teve um elemento que é a novidade, são as ETAS. Elas estão trazendo água de qualidade para essas famílias que irão receber as cisternas. O Governo do Estado havia comprado uma máquina de Israel, na preocupação de auxiliar nos períodos de estiagem e não se sabia ainda como seria sua utilização. Pois bem a máquina foi somada e adaptada para serem agregadas ao Projeto Cisternas Paulo Freire e já está em funcionamento levando água para as famílias que acabaram de receber suas cisternas” afirma Andre Bonança.


Concluindo a reunião foi aberto espaço para as instituições executoras do projeto estão conduzindo o processo, seus desafios e suas perspectivas. “Pra nós, as organizações, também fazemos parte da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), e nós somos não executoras mas mobilizadoras do processo de formação e mobilização para a convivência. Essa ação dentro do Projeto Paulo Freire, assim como de outros processos é mais do que instalar cisterna. Acho que precisamos dar essa dimensão de mobilização ao programa, é mais do que implantar cisterna a gente tá mobilizando famílias que muitas vezes não reconhecia esse lugar como lugar de possibilidade. Nossa maior dificuldade é pela questão da terra, muitas famílias não possuem terra, isso demostra o grande entrave que não é nossa ou do Paulo Freire é uma questão fundiária no Brasil inteiro” afirma Cristina Nascimento (CETRA).


Sobre o projeto:

“Nós da ACB o nosso intuito é realmente concluir de acordo com o que está no contrato. As dificuldades são as mesmas de todo território do Ceará. Acredito que um dos elementos que mais nos deixam felizes na execução desse programa é o curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH) para as comunidades, e também o olhar humano que esse projeto traz para as comunidades rurais. As comunidades são vistas como de fato protagonistas de seu território e o ganho desse projeto com o acesso à água ele é gigantesco. Pra gente que chega numa comunidade que a gente já trabalhou em outros programas é muito bom, as pessoas dizem ‘Vocês aqui de novo! Que bom que vocês apareceram! A comunidade cresceu têm mais gente precisando de cisterna’. A demanda sempre vêm aumentado, são filhos que se casam e acabam ficando em suas regiões, se fixando no campo e não estão indo embora e isso claro é um sem medidas” diz Nelzilane Oliveira, Comunicadora Popular da ACB.


 

Como funcionam as ETAs:

Chamadas de Estação de Tratamento Móvel as ETAs foram somadas nas Unidades Móveis de Tratamento de Água. Foram projetas para tratar a água de qualquer fonte de água, como exemplo os açudes e entre outras. O tratamento, ou purificação, através da máquina é capaz de de transformar em água para o consumo humano. De inicio as ETAs atenderão ao público das zonas rurais, inicialmente as comunidades atendidas pelo Projeto Paulo Freire. As águas tratadas serão de fontes de água mais próximas das comunidades atendidas, reduzindo os custos com transporte e assegurando a qualidade da água que será distribuída.


Cada ETA tem a capacidade de produzir até 75.000 litros de água tratada por dia, suficientes para abastecer sete cisternas com uma média de 8.000 l cada. A ideia é abastecer as 12 mil cisternas nas 600 comunidades rurais, nos 31 municípios mais pobres do Estado do Ceará, para que as famílias tenham acesso imediato a água potável antes que cheguem as novas chuvas.


Entenda mais em: http://www.ceara.gov.br/2017/11/09/comunidades-rurais-no-ceara-serao-beneficiadas-com-estacoes-moveis-de-tratamento-de-agua/

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